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  • Lucas Oliveira Freitas & Pedro Gobbo

O retorno do Pedrão


Ele descobriu que a "frieza" americana pode surpreender, fez amigos que carregará para a toda vida e adquiriu uma experiência inquestionável. Hoje, no de frente com Marílha Negriela eu converso com ele, que agora à Casa torna, Pedro Gobbo.

Foi a sua primeira viagem internacional Pedro?

Sim, antes disso eu só estive no Brasil.

Porque Estados Unidos?

Porque a língua inglesa é muito importante Até então eu não falava inglês. até pensei em Alemanha, ou outros países, na verdade, quando eu tentei, foi para Portugal, mas como muita gente se inscreveu e estavam sobrando vagas em outros países, o programa Ciências sem Fronteiras meu deu a oportunidade de conhecer outro país. Mesmo sem ter proficiência.

Como foi chegar lá sem o domínio da língua do lugar?

Foi difícil principalmente no começo, a minha sorte foi uma amiga. Ela já tinha uma base “em inglês” desde o inicio, e eu apenas concordava quando falavam comigo.

Você encontrou o que buscava?

Encontrei e me surpreendi, porque aprendi a falar uma segunda língua, e percebi que é muito gostoso. Você se sente como se tivesse uma segunda personalidade, no meu caso eu sentia como se eu fosse um pedro Pedro diferente.

Eles conheciam a cultura brasileira?

Não, a maioria deles não conhecem o Brasil. Alguns deles pensam que é só mato, nem tem civilização aqui. Isso é uma realidade, alguns deles fazem piada do tipo "você mora em uma caverna? ...Tem energia elétrica lá?" Algo que eu achei muito engraçado foi o fato muitas pessoas dizerem "ahh é espanhol que vocês falam no Brasil, né?" Não só os americanos, mas também pessoas de outros lugares.

O que você mais aprendeu nessa viagem?

Aprendi a ter uma mente mais aberta em relação ao mundo. Agora penso de uma maneira diferente sobre algumas coisas, esse intercâmbio me ajudou a perder a timidez.

Como você pode replicar esse aprendizado aqui no seu retorno?

Hoje em dia eu geralmente converso com todo mundo, eu tive esse desafio quando estive lá usando a língua inglesa, peço licença e já vou conversando. Sinto que é bem mais fácil falar com as pessoas, acho que isso é bom, estou conseguindo fazer novas amizades, é como se as pessoas estivéssem gostando mais de mim.

O que você ensinou aos americanos?

Aprenderam sobre o Brasil, costumava falar muito sobre o Brasil, como é nossa cultura. Inclusive muitos ficaram com vontade de conhecer aqui. Tenho um amigo que agora está lutando em uma guerra e depois quer vir pra cá.

Você viveu lá em dois lugares diferentes?

Sim, o primeiro foi Utica em Nova York, e também morei em Chico no estado da Califórnia. A diferença notável foi o clima. Utica é uma cidade muito fria, e isso acho que influência as pessoas, cheguei a pegar -35 graus Celcius. Em relação ao clima as pessoas não saem muito de casa, não tem tanta festa, são mais fechadas. Na califórnia foi diferente, via muita gente andando de bicicleta, tinha festa em todos os lugares, as pessoas eram mais abertas, conversavam com todo mundo.

Você já disse que voltou com a cabeça mais aberta, o que de mais diferente você viu na Califórnia?

O povo lá é muito gentil, um dia eu fui no mercado de bicicleta, e quando eu estava voltando e colocando uma lanterninha na bicicleta, pois é uma exigência, uma lei, alguém me viu e perguntou se eu precisava de ajuda, se a bicicleta estava quebrada. Isso eu vi constantemente, uma preocupação enorme com as pessoas.

Qual diferencial você pode apontar na sua área?

As formas de energia dos EUA são algo que é diferente, aqui a maior fonte de energia é hidrelétrica, já lá, é do carvão. Eu vi muitas usinas eólicas também.

Resuma essa experiência em uma frase.

Sua experiência nos Estados Unidos será fantástica. Faça muitos amigos!

Marília Negriela - Lucas de Oliveira Freitas

Estudante de Arquitetura - UP

Entrevistado - Pedro Gobbo

Estudante de Engenharia Elétrica - UTFPR

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