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  • Bruno Padilha

Por que vamos para a faculdade?


A resposta parece óbvia. Para adquirir uma formação compatível com as exigências do mercado de trabalho de acordo com nossas aptidões ou interesses. Uns um pouco mais motivados pelo dinheiro que a profissão proporcionará, outros mais fisgados pela “realização pessoal” de exercer um trabalho que considere relevante. Mas para fazer tudo isso, um curso universitário não é o único caminho, nem sequer é necessariamente um caminho. O pior é quando o curso universitário é visto como um fim em si.

Todo ano, manchetes da mídia tratam sobre vestibulares extremamente concorridos. Mas será que essas pessoas todas, que agora se gabam de “estudar” tantas horas por dia, realmente estudou seriamente durante sua vida acadêmica? Ou passava de ano pelo conselho, colando em provas, gazeando aulas, desrespeitando professores e zombando dos bons alunos? Mesmo o “estudo” pré-vestibular nada mais é do que métodos de decorebas, seja com musiquinhas ou a técnica que for. O objetivo de grande parte dos vestibulandos não é estudar ou adquirir conhecimento, mas sim saber as respostas de algumas questões para passar em uma prova.

E os “concurseiros” então? Muitos nem sequer querem seguir uma profissão necessariamente (escrivão, atendente, carteiro, etc.), mas sim querem um regime de contrato de trabalho que supostamente lhe beneficie, mas são esses que todo ano fazem greves e paralizações. Claro que um concurso público pode ser um meio para chegar até a profissão que a pessoa realmente tenha em mente (policial, médico, professor, entre outros exemplos onde, querendo ou não, o concurso é o meio mais adotado, mas não é visto como um fim em si). A pessoa diz “eu quero ser policial (ou da profissão que for) e não “eu quero passar em um concurso”. É uma diferença de mentalidade.

Universidade, de acordo com um Dicionário, quer dizer “qualidade ou condição de universal; instituição de ensino e pesquisa constituída por um conjunto de faculdades (...)”. Faculdade: “possibilidade, natural ou adquirida, de fazer algo; capacidade; aptidão natural; dom, talento.”

Será que as faculdades realmente condizem com as aptidões e qualidades que temos e que precisamos? E as universidades, de fato, oferecem um conhecimento universal, tratando de diferentes assuntos sob diferentes ópticas?

Lamentavelmente, quase metade dos universitários concluem seus cursos superiores sendo analfabetos funcionais. Logo, gabar-se de ter um diploma universitário pode servir como a exibição de um comprovante de analfabetismo funcional.

Acontece que, há décadas no Brasil, as universidades e faculdades estão sob um domínio hegemônico cultural e ideológico de gramscistas e marxistas. Para essas correntes, o meio universitário não deve priorizar o desenvolvimento de conhecimentos e de profissionais para suas áreas, mas sim conduzir a sociedade para uma revolução cultural no Ocidente.

Se quiser saber o que estará em pauta em debates legislativos, na grande mídia e na massa popular daqui alguns anos, basta observar o que vem sendo produzido pela comunidade acadêmica. Pautas como a aceitação cultural da pedofilia e a cultura do islamismo são a ordem da vez.

Comunidade acadêmica essa que atua em forma de circuito fechado, onde quem tem propostas diferentes é marginalizado. Em uma cultura onde muitos se escondem atrás de títulos, diplomas, cargos e sobrenomes, o verdadeiro conhecimento não é difundido e os verdadeiros gênios não tem espaço.

Recomendo um texto chamado “Depoimento de um superdotado”, disponível em um site chamado Matemática e Sociedade. Uma simples pesquisa no Google e você encontra esse depoimento real de um cidadão que sempre teve uma inteligência acima da média e justamente por isso foi boicotado na escola por colegas e professores e mais boicotado ainda em uma universidade estatal em Curitiba e em uma instituição privada de ensino também de Curitiba.

Podemos conhecer ótimas pessoas e ter experiências que nos desenvolvam na faculdade, mas isso pode ocorrer em qualquer outro lugar, desde uma Igreja até uma zona. Da mesma forma, a capacidade e o conhecimento não estão condicionados ao curso superior, mas sim aos méritos individuais de cada cidadão. Educar-se é um dever de cada um.

Bruno Padilha

Pedagogia - Opet

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